Política

O Blog Céu da Diversidade foi criado primeiramente com o objetivo de aplicar os conteúdos desenvolvidos nas disciplinas Ação cultural e Editoração eletrônica, do curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação da FESPSP. A proposta do Blog é discutir assuntos pertinentes à diversidade sexual. A participação é irrestrita, todos podem colaborar com comentários, opiniões e sugestões, desde que não sejam colocados de maneira ofensiva. Todos os comentários aqui publicados são de única e exclusiva responsabilidade de seus autores. Os comentários serão respondidos publicamente nesta página ou diretamente ao autor através do seu e-mail.Saiba+ »

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terça-feira, 24 de maio de 2011

Projeto Escola sem Homofobia

A Rede Ex Aequo de Portugal lançou uma excelente campanha de inclusão nas escolas portuguesas. Eles têm um site muito bom.

 O Brasil não pode perder a oportunidade de desenvolver projetos inclusivos de qualidade, como é o caso do Projeto Escola sem Homofobia. Tem muita gente ignorante, que nada sabe de pedagogia, psicologia, política (no sentido filosófico do termo), sociologia, e mesmo assim fica dando pitaco homofóbico. Só por aí, já se vê a necessidade da educação inclusiva. Essa gente mal educada não consegue enxergar o valor da boa educação: aquela que constrói uma sociedade igualitária, diversificada, pacífica e produtiva. Traduzindo: uma sociedade justa e feliz!
 Deputados, Senadores, Ministros do Supremo Tribunal Federal e Presidente Dilma, é hora de reunir os três poderes e fazer valer a inclusão e a paz nas escolas. Mostrem que os senhores foram bem educados, não só nos conhecimentos específicos de suas áreas de atuação, mas em humanidades também. Aprovem o Projeto Escola sem Homofobia. Não deixem a superstição e a ignorância falarem mais alto do que o Direito.
 Portugal está dando um banho de inclusão comparado com o Brasil...


Dentre os diversos materiais que eles disponibilizam, eu gostaria de destacar os seguintes e incentivar a leitura dos interessados na área de educação inclusiva:
 Perguntas e respostas sobre orientação sexual e identidade de gênero: 
 Para mais informações sobre o projeto, envie email para inclusao@rea.pt
  

[Post desenvolvido pelo grupo: Ariane, Francie, Lilian Araújo, Renato e Stefanni]

sábado, 21 de maio de 2011

17 de maio foi dia Internacional Contra Homofobia. Agora temos o que comemorar!

Liberação do casamento gay, participação de casais do mesmo sexo nos processos de adoção de crianças...

A diversidade brasileira ganha ainda mais importância com a legalização do casamento gay. A decisão, aprovada pelo Superior Tribunal Federal no último dia 6 de maio, permitirá inclusive que casais do mesmo sexo possam adotar crianças.

Agora além de garantir a união estável reconhecida pela justiça, os homossexuais brasileiros terão os mesmos direitos dos casais heterossexuais como pensão, herança, comunhão de bens e previdência. Também é possível pedir o reconhecimento da união civil em cartório ou juridicamente com a comprovação da união estável.

A mudança na legislação é mais um passo contra a homofobia no País e deve facilitar a aprovação da PLC 122, criada para ser uma lei anti-homofobia.

O dia internacional contra a homofobia foi escolhido como recordação à exclusão da Homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizada em 17 de maio de 1990, mas oficialmente declarada em 1992.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Gays podem formalizar união nos cartórios

Casais homossexuais interessados em formalizar a sua união estável poderão procurar um tabelião de notas, apresentando documentos originais. RG e CPF. O valor da escritura é tabelado pro lei estadual e no Estado custa R$ 267,92.



O Colégio Notarial do Brasil – Seção de São Paulo, CNB-SP, que representa os cartórios de notas do Estado de São Paulo, diante da decisão do Supremo Tribunal Federal que autorizou equiparar a união homoafetiva à união estável , informa que os Tabeliães de Notas de todo o Brasil já vêm lavrando, há tempos, escrituras de união homoafetiva para tornar pública a existência da união entre os casais homossexuais e para disciplinar dos direitos decorrentes desse relacionamento.


O papel do tabelião ao lavrar uma escritura de união homoafetiva era tentar garantir o direito ao pleno exercício da cidadania aqueles que possuíam vínculo afetivo, independentemente de sua opção sexual, pois a escolha de sexualidade não pode distinguir os cidadãos e limitar o exercício de seus direitos . De agora, com a decisão do STF, foram estendidos aos casais do mesmo sexo os mesmos direitos garantidos pela união estável aos casais heterossexuais.



A escritura de união estável é uma declaração feita perante um tabelião de notas por duas pessoas que vivem juntas como se casadas fossem, e possui diversas finalidades: comprovar a existência e fixar a data de inicio da união; estabelecer o regime de bens aplicável à relação; regular questões patrimoniais; garantir direitos perante órgãos previdenciários (INSS) para fins de concessão de benefícios; permitir a inclusão como dependentes em convênios médicos e odontológico, clubes, etc.





Leia a matéria publicada no site do STF:




[ Post desenvolvido pelo grupo: Ariane, Francie, Lilian Araújo, Renato e Stefanni ]

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A Lenda das Jaciras

Já falamos um pouco sobre Caio Fernando Abreu quando indicamos a peça Lixo e Purpurina. Segue agora o texto A lenda das Jaciras para que possam conhecer um pouco mais de sua obra.

Bem - humorado e irreverente, Caio estabelece nesse texto uma tipologia das diversas nuances da homossexualidade. Entre Jaciras, Telmas, Irmas e Irenes, descubra quem você é no meio da diversidade.

Divertidíssimo! Vale a pena ler.




“Reza não muito antiga lenda que homossexuais masculinos de qualquer idade ou nação – além de bofe, bicha, tia ou denominação similar – dividem-se em quatro grupos distintos. Seriam na verdade, sempre segundo a lenda, quatro irmãos que atendem por nomes femininos. A saber, e essa ordem arbitrária não implica cronologia nem preferência: Jacira, Telma, Irma e Irene.

Para começo de conversa, vamos à mais popular delas: a Jacira. Suficientemente conhecida, seja pelo personagem Jaci (que no romance Onde Andará Dulce Veiga?, de minha autoria, em dias de arco-íris recebe uma Oxumaré de frente e transforma-se na devastadora Jacira) ou pelos louváveis esforços do jornalista Eduardo Logullo em divulgá-la através da coluna Joyce Pascowitch, na Folha de São Paulo.

Das quatro irmãs, Jacira é aquela que todo mundo sabe que é homossexual, e ela mesma – que refere-se a si própria, seja qual for seu nome, sempre no feminino – acha ótimo ser. A Jacira usa roupas e cores chamativas, fala alto em público, geralmente anda em grupos de amigos também jaciras como ela, todas exercendo o velho hábito de “fechar”. Como diria Antônio Bivar, é uma pintosa. Uma pintosa assumida, despudorada. Sempre foi bicha, adora ser bicha e, maniqueísta como ela só, continua achando que a humanidade divide-se entre bofes e bichas, categoria esta última na qual se inclui. Com orgulho. Superinformada, embora não leia muito (existem Jaciras nigrinhas, analfabetas), ela sempre sabe – de orelhada – tudo que está em cartaz na cidade.

Fofocas que insinuam viperinas dubiedades sobre a sexualidade alheia. Ao entrar em qualquer ambiente, uma Jacira sempre é imediatamente notada. O que satisfaz seu principal objetivo na vida: aparecer.

Bem menos luminosa e sem graça que a Jacira é: a Telma. Seu nome provavelmente originou-se daquela versão que Ney Matogrosso cantava: “Telma eu não sou gay/ o que falam de mim são maldades”, algo assim. Ao contrário da Jacira, a Telma é infelicíssima. Ela bebe. Bebe para esquecer que poderia ser homossexual. O problema é que, exatamente quando bebe, mais exatamente ainda depois do terceiro ou quarto uísque, é que a Telma transforma-se em homo. Embriagada, Telma ataca. E dramaticamente na manhã seguinte não lembra de nada. Aquela Jane Fonda de The Morning After perde. Embora a Telma fique muito erotizada em estado etílico, ela sempre nega que é, e negará até a morte. A única solução para uma Telma empedernida seria a psicanálise (que ela, a mais doente, acha que não precisa) ou parar de beber. O que, por tabela, significaria também parar de trepar. Pobres Telmas – categoria da qual países como o Brasil (vide academias de ginástica, futebol, chopadas com o pessoal da repartição, etc.) está cheio.

Menos trágica, mas ainda mais complexa, é a terceira irmã: a Irma. As Irmas não são exatamente infelizes – pelo menos, não tanto quanto as Telmas –, embora bem menos felizes que as Jaciras – que aparentam ser e realmente são felicíssimas. Irma é aquela que todo mundo jura que é, incluindo a mãe, a irmã e a esposa (Irmas casam muito) – mas ela mesma não sabe que é. Não sabe ou finge que não. A Irma dá quase tanta pinta quanto a Jacira, adora todo o folclore gay, de Carmen Miranda a show de travesti, passando por concurso de miss, Mae West, leopardos, James Dean e Marilyn Monroe. Estranhamente não “faz”. Quando solteira ninguém de sexo algum poderá afirmar – muito menos provar – que já fez sexo com uma Irma. Ou se fez, não prestou muito, pois há quem diga que Irmas costumam ser mal-dotadas, impotentes, dessas assim. Pode ser. A verdade é, quando casadas, as esposas das Irmas raramente apresentam um ar satisfeito. Sexualmente satisfeito.

Irmas costumam ser afáveis – ao contrário das problemáticas Telmas, introvertidas e depressivas. Adoram Jaciras, apesar destas gostarem de chamá-las, sobretudo em público e aos gritos, de “queridaaaaaaaa”. É que toda Jacira sabe – ou supõe – que no fundo toda Irma é tão Jacira quanto ela. Mas como as Telmas, Irmas fogem de definições. E ao contrário das Telmas, muito pecadoras, podem até morrer sem se atreverem a provar os prazeres do – para citar uma Jacira clássica – amor que não ousa dizer seu próprio etc.

Inicialmente limitada a essas três, a lenda recentemente incluiu a existência de uma quarta irmã: a Irene. Tão assumida quanto a Jacira, ao contrário desta, a Irene não dá pinta. Ela é, sabe que é, mas não exibe nem constrange. Pode até usar brinquinho na orelha, dar alguma rabanada menos comedida, ou mesmo – de brincadeira – referir-se a si mesma ou uma amiga no feminino. Mas a Irene é tranqüila. Geralmente analisada, culta. Bom nível social, numa palavra – Irene parece serena em relação à própria sexualidade. Que é diversificada. Podem ter longos casos, morar junto, ou viverem certas idiossincrasias eróticas. Só gostarem de working class, por exemplo, ou de adolescentes, choferes de táxi ou estudantes de Física. Ou de Irenes como elas: são as Irenes lésbicas, bastante comuns e conhecidas, literalmente, como gays. Telmas e Irmas escondem tudo da família, vizinhos e colegas, embora a Irma não tenha nada a esconder. Jaciras não escondem coisa alguma, explicitérrimas. Irenes deixam no ar: se alguém perceber, que perceba. Educação é básico para elas. Serenamente educadas, pois, às vezes até casam. Com mulheres.

Entre as quatro, desgraçadamente as relações são turbulentas. Jaciras, por exemplo, adoram seduzir Telmas. Estas (quando sóbrias, claro) têm medo pânico de Jaciras. Irenes por sua vez, nutrem uma espécie de carinho apiedado pelas desventuradas Telmas – e isso pode até resultar numa ardente noite de paixão entre ambas. Da qual naturalmente a Telma jamais lembrará, embora tenha feito horrores. O grande risco que toda Irene corre é apaixonar-se por uma Telma: comerá o pão que o diabo amassou, até entrar noutra. Com a Irma, de quem Irene também gosta, o risco não é tão grave: Irenes sabem que com Irmas não rola. E pode assim transformar tudo numa aparentemente saudável “amizade viril”: as duas fingindo, para usar a terminologia antiga, que são bofes. Há quem creia. Jaciras não simpatizam muito com Irenes, acham-nas “metidas”. A recíproca também é verdadeira: Irenes acham Jaciras pintosas demais, apesar de divertidas, folclóricas. E inconvenientes. E com a imperdoável mania de roubar namorados alheios. Irenes adoram namorar, pegar na mão, ir ao cinema, comer pizza, fim de semana em Ilhabela, ver TV – tudo isso together. Já Telmas e Irenes, entre si, são hostis. Talvez uma tema o julgamento da outra, vai saber. Irmas, no entanto, podem ceder aos insistentes encantos das Jaciras. Existem mesmo certas Irmas que algumas Jaciras – para ódio das Irenes – juram já ter feito. Jaciras, por sua vez, não raramente invejam Irenes, que sempre aparentam certa prosperidade (ao contrário das Telmas), com um cotêzinho decadente). Irenes mais neuróticas gostariam, de vez em quando, de serem confundidas com Irmas. E Telmas costumam sentir cegos, súbitos impulsos de desvendar suas almas abissais para os ouvidos compreensivos e ombros amigos das Irenes. Na verdade, Telmas, Irenes e Jaciras invejam um pouco aquela impressão (nem sempre verdadeira) de pureza que toda Irma passa. Assim como se estivesse por fora de qualquer grupo de risco.

A propósito, já que abordamos esse desagradável tema: embora aparentem ser as mais perigosas, no que se refere a riscos, e apesar de promíscuas (a promiscuidade esta implícita na jacirice). Jaciras cuidam-se muito. Verdade que com camisinhas nacionais, daquelas que arrebentam na hora H, na primeira golfada.

Irenes sempre carregam na frasqueira sortido estoque de poderosas camisinhas estrangeiras, compradas em suas viagens. Com a idade se tornam um tanto maníacas com higiene, meio obcecadas com safe sex. Certas Irenes não fazem há anos, vivem em permanente estado de nervos.

Já as Irmas como não fazem, ou quando fazem é tão escondido que ninguém sabe dizer como fazem, não se preocupam com isso.

O problema, novamente, são as Telmas. Impulsivas e atormentadas, nunca estão prevenidas. Jamais podem prever quando passarão do quarto uísque ou da décima quinta cerveja, e isso normalmente acontece em horas que as farmácias estão fechadas. Telmas, portanto, não carregam camisinha. Sequer as têm no banheiro, tamanha a negação. Enlouquecidas na cama (uma Telma com tesão vale por cem Jaciras), Telmas fazem coisas que Madonna (ídolo das Jaciras) duvidaria. Essa representa outra secreta tortura mental das Telmas: como às vezes realmente não lembram do que fizeram (por lapso etílico), têm sempre rabo preso e um medonho medo de serem positivas.

Irmas sempre são negativas. Ou aparentam ser. Acontecem surpresas, pois ser Irma não significa necessariamente ser casta. Irenes via de regra lidam bem com um teste positivo: espiritualizam-se, viram vegetarianas, zen-budistas, fazem ioga, procuram o Santo Daime ou Thomas Green Morton. Lêem muito Louise Hay, e até se recusam a tomar AZT. Jaciras muitas vezes negam-se decididamente a fazer O Teste: têm uma certeza irracional de que daria positivo. O que nem sempre é verdade, visto que nada mais forte que santo de Jacira.

Vírus e suas saias-justas sem nesga à parte, na verdade a AIDS não mudou muito o comportamento das quatro. Elas são arquetípicas, atávicas, eternas.

Freud, por exemplo, na opinião geral era irmésima. Já Platão parece ter sido uma boa Irene. Ninguém colocaria em dúvida a jacirice de Oscar Wilde. Rimbaud, por sua vez, dá a impressão de ter começado como Jacira (quando chegou a Paris) para transformar-se – o que é raro – em Telma (na Abissínia). Já Verlaine, teria sido uma Irma que se ajacirou.

Clássicas ou contemporâneas, nenhuma delas deve ser criticada por isso. À sua maneira, cada uma busca apenas essa coisa – o Amor: a Ancestral Sede Antropológica. O que pode acontecer (vide Rimbaud e Verlaine) são transmutações: Irenes que se ajaciram; Irmas (com tendência etílica) que viram Telmas; Telmas que – bem comidas – se irenizam ou mesmo ajaciram e etc. As mutações são tantas quanto as do I Ching. Há quem diga que essas novas têm até nome, como as Juremas (Jaciras que se tornam Irenes) ou Jandiras (Jaciras exacerbadas tipo Clóvis Bornay). Pode ser. Mas segundo nossos estudos, Jacira que é Jacira nasce Jacira, vive Jacira, morre Jacira. No fundo, achando o tempo todo que Telmas, Irmas e Irenes não passam de Jaciras tão loucas quanto elas. E talvez tenham razão.

*por Caio Fernando Abreu

 
[ Post desenvolvido pelo grupo: Ariane, Francie, Lilian Araújo, Renato e Stefanni ]

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A polêmica Bolsonaro

Nosso blog, como já foi definido anteriormente, explana e apresenta assuntos relacionados à diversidade sexual. O assunto mais polêmico desde março está relacionado a um político, o deputado Jair Bolsonaro, que tornou-se famoso por suas declarações racistas e homofóbicas. A polêmica se deu em razão de declarações dadas por Bolsonaro no programa CQC, da TV Bandeirantes no final de março, em reposta a uma pergunta feita pela cantora Preta Gil. A cantora perguntou como o deputado reagiria se um filho dele namorasse uma negra e ele respondeu que os filhos não corriam esse risco, porque não tinham sido criados em um ambiente de promiscuidade como ela.


O deputado entregou, na Corregedoria da Câmara sua defesa contra as quatro representações que o acusam de comportamento racista e homofóbico. Bolsonaro disse que na defesa reafirmou não ser racista e que entendeu mal a pergunta feita por Preta Gil. E acrescentou que os integrantes do programa poderiam ter ligado para ele, questionando sobre a resposta, porque o programa foi gravado em 13 de fevereiro e só foi ao ar no dia 28 de março.

Em relação à homofobia, Bolsonaro continua não medindo as palavras: voltou a repetir que não teria orgulho em ter um filho gay e avisou que continuará lutando contra programas do atual governo voltados para a comunidade LGBT, na área de educação.

Nosso vilão sempre defende-se dizendo coisas absurdas que pioram ainda mais sua reputação como político ou integrante da sociedade.

VIDEO: Assista o vídeo da polêmica de Bolsonaro



[ Post desenvolvido pelo grupo: Ariane, Francie, Lilian Araújo, Renato e Stefanni ]

terça-feira, 29 de março de 2011

João Francisco dos Santos, o "Madame Satã"

Homossexual, negro e pobre, João Francisco dos Santos (1900 – 1976), desfilou no bloco de rua Caçador de Veados em 1942 com a fantasia Madame Satã (do filme homônimo de Cecil B. De Mille) que inspirou seu apelido, no qual ficou conhecido até os dias de hoje. Costumava dizer que era bicha sim, mas nem por isso deixava de ser homem, vivendo entre festas e fantasias femininas e golpes de mestre capoeirista que era. Freqüentador assíduo do bairro da Lapa (reduto carioca da malandragem e boemia na década de 30), onde muitas vezes trabalhou como segurança de casas noturnas, cuidava que as meretrizes não fossem vítimas de estupro ou de agressão.

Madame Satã enfrentava a polícia, sendo detido por desacato à autoridade e preso várias vezes, chegando a ficar confinado no presídio da Ilha Grande, agora em ruínas. Lutou por diversas vezes contra mais de um policial, geralmente em resposta a insultos que tivessem como alvo mendigos, prostitutas, travestis e negros. É considerado uma referência na cultura marginal urbana do século XX.


A história de Madame Satã, marcada de polêmicas, autos e baixos, nos oferece uma lição de vida. Por isso, mereceu um filme, que leva seu próprio nome Madame Satã de 2002, interpretado pelo ator Lázaro Ramos. Vale a pena assistir. Queremos aproveitar e deixar também outra dica para quem estiver interessado em conhecer mais sobre personagens que, como Madame Satã, fizeram história e lutaram a favor da cultura afro e contribuíram para a diversidade brasileira. 

Visite o Museu Afro Brasil
 http://www.museuafrobrasil.org.br/.

Título original: (Madame Satã)
Lançamento: 2002 (Brasil)
Direção:Karim Aïnouz
Atores:Lázaro Ramos, Marcélia Cartaxo, Flávio Bauraqui, Felippe Marques.
Duração: 105 min
Gênero: Drama

Sinopse: Rio de Janeiro, 1932. No bairro da Lapa vive encarcerado na prisão João Francisco (Lázaro Ramos), artista transformista que sonha em se tornar um grande astro dos palcos. Após deixar o cárcere, João passa a viver com Laurita (Marcélia Cartaxo), prostituta e sua "esposa"; Firmina, a filha de Laurita; Tabu (Flávio Bauraqui), seu cúmplice; Renatinho (Felippe Marques), sem amante e também traidor; e ainda Amador (Emiliano Queiroz), dono do bar Danúbio Azul. É neste ambiente que João Francisco irá se transformar no mito Madame Satã, nome retirado do filme Madame Satã (1932), dirigido por Cecil B. deMille, que João Francisco viu e adorou.



[ Post desenvolvido pelo grupo: Ariane, Francie, Lilian Araújo, Renato e Stefanni ]

terça-feira, 22 de março de 2011

Teoria da Sexualidade Segundo S. Freud

Nessa postagem o grupo irá indicar um artigo escrito pela psicoterapeuta Silvia Rocha. Nele ela faz uma breve análise da tão famosa Teoria da Sexualidade Segundo S. Freud. Explora suas teorias sobre Inconsciente, processos mentais, estruturação de personalidade, sexualidade infantil dentre outros assuntos de abrangência explanados incansavelmente por vários estudiosos.

Passo a passo, o estudo relata o desenvolvimento da sexualidade, desde os primeiros momentos de vida até a chegada da adolescência, quando é atingida a última fase da sexualidade, segundo o Dr. Freud.

É interessante notar que no princípio a sexualidade está concentrada em nós mesmos, no nosso próprio corpo. Depois amadurecido, é que o objeto de nosso desejo passa a ser o outro.


[ "Mãe e filho" de Gustav Klimt ]


Link para ter acesso ao artigo de Teoria da Sexualidade Segundo S. Freud de Silvia Rocha:



[ Post desenvolvido pelo grupo: Ariane, Francie, Lilian Araújo, Renato e Stefanni ]