Um breve histórico
Inicialmente, o termo mais comum era GLS, sendo a representação para: gays, lésbicas e simpatizantes. Com o crescimento do movimento contra a homofobia e da livre expressão sexual, a sigla GLS foi alterada para GLBS, ou seja Gays, Lésbicas, Bissexuais e Simpatizantes que logo foi mudado para GLBT e GLBTS com a inclusão da categoria dos transgêneros (travestis, transexuais, transformistas, crossdressers, bonecas e drag queens dentre outros). A sigla GLBT ou GLBTS perdurou por pouco tempo pois o movimento lésbico ganhou mais sensibilidade dentro do movimento homossexual e a sigla foi alterada para LGBTS. Atualmente a sigla mais completa em uso pelos movimentos homossexuais é LGBTTIS, que significa: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgéneros, Transexuais, Intersexuais e Simpatizantes, sendo que o “S” de simpatizantes pode ser substituído pela letra “A” de Aliados ou ainda acrescido a Letra “Q” de Queer que não é muito comum, porém é utilizada em alguns países e por alguns grupos do movimento gay. A inclusão do “L” na frente da sigla do movimento gay deu-se pelo grande crescimento do movimento lésbico e pelo apoio da comunidade gay às mulheres homossexuais.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/LGBT
Mudança polêmica
A mudança da sigla GLBT para LGBT, aprovada na 1ª Conferência Nacional GLBT em Brasília no período de 5 e 8 de junho de 2008, dividiu opiniões na época dentro da própria comunidade. Alguns achavam que lésbicas teriam mais visibilidade com o uso do “L” na frente. Para outros, isso era bobagem, a mudança principal deveria ser na atitude e não na nomenclatura. Havia também os que afirmavam que o "L" atendia a reivindicação de feministas, e nada teria a ver com gays e lésbicas.
Algumas opiniões...
A web designer e criadora do site www.uvanavulva.com.br, Maria Lúcia Filgueiras, de 52 anos, ainda sem saber da mudança: “Acho isso uma bobagem. Esse L na frente é uma briga de feminista. A gente luta não por igualdade mas por eqüidade, uma coisa muito mais abrangente. Por que mudar? As pessoas já estão acostumadas com a sopa de letrinhas nessa ordem.” (...) “Ninguém se entende. Cada um usa uma seqüência de letras, basta procurar nos sites.”
'GLBTT'
Assumida desde os 17 anos, para Maria Lúcia: “Para ser realmente inclusivo tinha que ser gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transgêneros, que são as pessoas operadas ou não, que nascem num corpo errado.”
“A ordem das árvores, não altera o passarinho...”
Aos 53 anos, Miriam Martinho, editora-chefe do site www.umoutroolhar.com.br, voltado para o público lésbico: “Acho que a mudança dos termos não altera o produto. Houve uma época que quisemos inserir a palavra lésbica no contexto dos nomes. De fato se falava só em homossexual. Agora que todas as siglas estão representadas, o importante mesmo é ter uma maior mobilização dentro do movimento das próprias lésbicas. Elas têm que ser mais sistemáticas, mais protagonistas. A simples mudança do L não faz grande diferença.” (...) “É mais uma convenção porque no resto do mundo já é assim. Diria até que é uma delicadeza, mas, na prática, não vai transformar mundos e fundos. Tem outras questões tão mais importantes do que isso.”
'Discutir letra é discutir perfumaria'
"Acho o debate sobre a mudança da sigla uma bobagem. Temos que lutar por direitos. O que muda a luta se muda a sigla? Nada. Gastar tempo nesse debate é perder o foco da luta. A mim, como gay, não altera nada ter o L na frente. Discutir letra é discutir perfumaria." Secretário municipal de Assistência Social da prefeitura do Rio e militante gay, Marcelo Garcia.
Outro militante, Cláudio Nascimento, superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, que pertence à Secretaria estadual de Ação Social e Direitos Humanos com pensamento oposto: “Não é só uma mudança estética. Tem um caráter político importante que é considerar a questão de desigualdade de gênero dentro do movimento LGBT, já que boa parte da visibilidade social e política ainda recaem sobre os gays. É importante, sim. Primeiro porque sempre foi uma reivindicação das lésbicas e segundo porque não houve desacordo entre os outros grupos.”
Também defensor da nova nomenclatura, o coordenador político do Grupo Arco-Íris acredita que gays e travestis sempre tiveram mais visibilidade do que as lésbicas. “Sempre houve projetos focados para esses segmentos. É preciso combater o machismo e o patriarcado. É preciso construir um modelo de maior igualdade. A reivindicação é antiga e a gente sabe que ter o L na frente é um exercício necessário, que deve ser feito para transformar essa realidade.”
Fonte: http://www.inesc.org.br/noticias/noticias-gerais/2008/junho/mudanca-de-sigla-de-glbt-para-lgbt-divide-comunidade-gay/
A dúvida é: já temos uma definição?
A Wikipédia "sugere" LGBT ou LGBTTTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros e mais o 's' que se refere aos simpatizantes)
Por enquanto temos esta - LGBT, mas com todo esse céu de diversidade sobre nós, surgirá ainda novas mudanças? Novas e polêmicas mudanças? E que sigla você defende?
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